Robyn estava assombrada e ao mesmo tempo
entediada, pois parecia que nunca ia chegar a lugar algum, mas de alguma
maneira aquele poço parecia que tinha um poder curativo, pois o corte em seu
braço estava se curando. Quando ela caiu em uma floresta muito escura,
iluminada apenas pela luz da lua e por luzes vinda de um grande prédio e muito
distante.
Robyn caminhou um pouco mais, até a
entrada do prédio, onde estavam dois homens com longas capas brancas; eram os
seguranças. No topo do prédio ficava um enorme letreiro: ESCOLA VENUS.
— Qual é o seu nome? — questionou um dos
homens quase sem mexer um músculo da face.
— Robyn Daniels — respondeu Robyn
claramente, os dois seguranças fizeram uma expressão facial que Robyn pôde
entender que eles ficaram surpresos com o que ela dissera.
— Ela chegou — informou um deles à
escuta que estava em seu ouvido.
— Seja bem-vinda! Pode entrar — falaram
os dois saindo do caminho para que ela entrasse.
Robyn pôde perceber agora que atrás
desse prédio que ela acabara de entrar havia outro prédio igual a esse, e entre
os dois prédios tinha uma arena de batalha.
Dentro da escola, no térreo, havia
várias lojas, tanto para materiais escolares para o ano letivo (que durava de
agosto à maio) quanto para o próprio entretenimento dos alunos.
Já era manhã do dia 14 de agosto,
terça-feira (parecia que sua viagem no poço havia durado horas, pois quando
entrou no poço ainda eram 23h00min do dia 13 de agosto) quando Robyn chegou à
escola. Havia vários estudantes ali, mas ela não quis falar com nenhum deles,
ela se direcionou ao elevador e apertou o botão “DIRETORIA”, e o elevador começou
a subir e quando parou Robyn saiu dele, ela estava em um pequeno corredor, de
parede azul-marinho e piso branco, com somente uma porta no final, onde estava
uma bela garota sentada num sofá, ela tinha cabelo negro e liso com uma franja,
olhos pretos, pele clara, tinha um belo corpo e estava trajando o uniforme da
escola – uma saia branca e blusa de maga comprida azul celeste, a roupa era
toda de algodão, com o brasão da escola no peito: uma fênix lutando com um
unicórnio.
— Oi, qual é o seu nome? O meu é Robyn,
Robyn Daniels. — perguntou Robyn se sentando no sofá onde a outra garota
estava.
— Olá, meu nome é Taylor
Jones. — respondeu a garota com uma voz suave.
— O que está havendo aí dentro. —
questionou Robyn apontando para a sala da diretora.
— A diretora Louis está em reunião com o
Conselho Mundial dos Mutantes (CMM), discutindo algumas propostas e blá, blá,
blá... Qual é o seu poder?
Aquele papo de mutantes estava fazendo a
cabeça de Robyn virar de pernas pro ar, até agora os únicos mutantes que existiam
pra ela eram os do desenho animado.
— Poder?! — espantou-se Robyn
— Não acredito que você não saiba dos
seus poderes? — indagou Taylor muito surpresa. — Então é melhor você conversar
com a diretora, ele lhe informará melhor. — aconselhou Taylor. — Mais tarde
volto para falar com diretora, tenho que ir. A gente se vê por aí, tchau! —
despediu-se Taylor indo em direção ao elevador.
“Uma pena”, pensou Robyn. Pois a porta
da sala tinha acabado de abrir, e várias pessoas encapuzadas de branco saíram.
— Você deve ser a Srta. Daniels. — disse
a diretora aparecendo na porta. — Entre.
A diretora Louis quando todos os homens
saíram. Era uma mulher de 44 anos, cabelo castanho preso em um coque, usava um
óculos quadrado, estava usando um terno feminino branco com uma camisa azul por
dentro.
A sala era no formato oval e alta, havia
várias estantes abarrotadas de livros, a dir. Louis convidou Robyn para se
sentar em uma das duas cadeiras que estava à frente de sua escrivaninha; ela se
sentou em sua cadeira.
— O que você deseja? — questionou a dir.
Louis calmamente, com uma voz fina e aguda.
— Saber de tudo! — exclamou Robyn muito
ansiosa e nervosa ao mesmo tempo.
— Está bem. — disse a diretora, que ia
explicar tudo o que Robyn queria saber. Ela deu um grande suspiro e começou a
falar. — Como outras pessoas, você nasceu dotada de superpoderes. Seus poderes
são: 1. Através do toque intencional você pode: absorver a força vital, os
poderes e as memórias de uma pessoa em que tocar. Se você tocar uma pessoa por
muito tempo você pode absorver toda a força vital dela e matá-la. Você pode
tocar em uma pessoa sem usar os poderes. 2. Você pode assumir a forma física de
qualquer pessoa, animal, objeto ou elemento da natureza, e ao assumir a forma
de um elemento da natureza você pode controlá-lo. — a diretora bebeu um pouco
de água do copo que estava em sua mesa, suspirou mais uma vez e voltou a falar.
— Eu acho que você quer saber por que
aquelas pessoas invadiram sua festa de aniversários, mas isto você ainda não
está para saber.
— E meus amigos e minha família? —
interrompeu-a Robyn. — O que aconteceu com eles?
— A única coisa que sabemos é que sua
mãe está morta...
Robyn não aguentou receber aquela
notícia e começou a chorar, a dir. Louis saiu de sua cadeira e se sentou ao
lado de Robyn, para consolá-la. Com isso ela se acalmou um pouco.
— Pegue. — disse a diretora entregando o
uniforme completo da escola à Robyn. — Sobre seus livros, sua mãe já os deixou
pagos para os seis anos de estudo. Como já são 08h00min da manhã, você terá o
dia de folga para conhecer toda a escola e fazer novas amizades. — completou a
diretora, mas ainda havia muito para ser dito. — A nossa escola é dividida em
dois clãs: 1. FÊNIX e 2. UNICÓRNIO. Você é do FÊNIX. Toda sexta-feira temos
lutas: um integrante de cada clã duela na arena, para que vença o melhor. No
outro prédio é onde fica o UNICÓRNIO. Recomendo a você que treine suas
habilidades com a professora de Ataque & Defesa: Mysti Chambers. Ah, quase
me esquecia de dizer a você que nosso ano letivo dura de agosto a maio. Você
está dispensada.
Robyn se levantou, despediu-se da dir.
Louis, foi para o elevador e apertou o botão “DORMITÓRIO FEMININO (DF)” e o
elevador começou a descer.
No DF havia seis portas: 1º, 2º, 3º, 4º,
5º e 6º ano; ela entrou no quarto do 1º ano.
Havia várias camas
forradas de rosa e travesseiros brancos, ao lado delas havia uma pequena mesa
com um despertador e um telefone em cima. Acima de cada cama ficava uma placa
de metal com o nome da aluna, Robyn viu seu nome na 17ª cama da direita para
esquerda. Ela deixou seu uniforme em cima da sua cama e dirigiu-se a um dos
três banheiros do fundo do quarto para tomar uma ducha, ao sair do banheiro ela
vestiu seu baby-doll rosa com desenhos de flores e foi se deitar.
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