Contos Embaralhados

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

♦ Robyn Daniels e o Mistério da Profecia - Escola Venus para Jovens Mutantes (Capítulo 2)




Robyn estava assombrada e ao mesmo tempo entediada, pois parecia que nunca ia chegar a lugar algum, mas de alguma maneira aquele poço parecia que tinha um poder curativo, pois o corte em seu braço estava se curando. Quando ela caiu em uma floresta muito escura, iluminada apenas pela luz da lua e por luzes vinda de um grande prédio e muito distante.
O solo era úmido e havia várias árvores altas. Assustada, Robyn começou a correr em direção ao grande prédio, havia muitos galhos espinhosos que arranhavam seu corpo, as luzes do lugar que parecia ser a salvação de Robyn foram se aproximando cada vez mais. Ela conseguiu sair da floresta e se encontrou num lugar com o gramado recentemente cortado e também existiam bancos, um lago e uma fonte próxima a ele.
Robyn caminhou um pouco mais, até a entrada do prédio, onde estavam dois homens com longas capas brancas; eram os seguranças. No topo do prédio ficava um enorme letreiro: ESCOLA VENUS.
— Qual é o seu nome? — questionou um dos homens quase sem mexer um músculo da face.
— Robyn Daniels — respondeu Robyn claramente, os dois seguranças fizeram uma expressão facial que Robyn pôde entender que eles ficaram surpresos com o que ela dissera.
— Ela chegou — informou um deles à escuta que estava em seu ouvido.
— Seja bem-vinda! Pode entrar — falaram os dois saindo do caminho para que ela entrasse.
Robyn pôde perceber agora que atrás desse prédio que ela acabara de entrar havia outro prédio igual a esse, e entre os dois prédios tinha uma arena de batalha.
Dentro da escola, no térreo, havia várias lojas, tanto para materiais escolares para o ano letivo (que durava de agosto à maio) quanto para o próprio entretenimento dos alunos.
Já era manhã do dia 14 de agosto, terça-feira (parecia que sua viagem no poço havia durado horas, pois quando entrou no poço ainda eram 23h00min do dia 13 de agosto) quando Robyn chegou à escola. Havia vários estudantes ali, mas ela não quis falar com nenhum deles, ela se direcionou ao elevador e apertou o botão “DIRETORIA”, e o elevador começou a subir e quando parou Robyn saiu dele, ela estava em um pequeno corredor, de parede azul-marinho e piso branco, com somente uma porta no final, onde estava uma bela garota sentada num sofá, ela tinha cabelo negro e liso com uma franja, olhos pretos, pele clara, tinha um belo corpo e estava trajando o uniforme da escola – uma saia branca e blusa de maga comprida azul celeste, a roupa era toda de algodão, com o brasão da escola no peito: uma fênix lutando com um unicórnio.
— Oi, qual é o seu nome? O meu é Robyn, Robyn Daniels. — perguntou Robyn se sentando no sofá onde a outra garota estava.
— Olá, meu nome é Taylor Jones. — respondeu a garota com uma voz suave.
— O que está havendo aí dentro. — questionou Robyn apontando para a sala da diretora.
— A diretora Louis está em reunião com o Conselho Mundial dos Mutantes (CMM), discutindo algumas propostas e blá, blá, blá... Qual é o seu poder?
Aquele papo de mutantes estava fazendo a cabeça de Robyn virar de pernas pro ar, até agora os únicos mutantes que existiam pra ela eram os do desenho animado.
— Poder?! — espantou-se Robyn
— Não acredito que você não saiba dos seus poderes? — indagou Taylor muito surpresa. — Então é melhor você conversar com a diretora, ele lhe informará melhor. — aconselhou Taylor. — Mais tarde volto para falar com diretora, tenho que ir. A gente se vê por aí, tchau! — despediu-se Taylor indo em direção ao elevador.
“Uma pena”, pensou Robyn. Pois a porta da sala tinha acabado de abrir, e várias pessoas encapuzadas de branco saíram.
— Você deve ser a Srta. Daniels. — disse a diretora aparecendo na porta. — Entre.
A diretora Louis quando todos os homens saíram. Era uma mulher de 44 anos, cabelo castanho preso em um coque, usava um óculos quadrado, estava usando um terno feminino branco com uma camisa azul por dentro.
A sala era no formato oval e alta, havia várias estantes abarrotadas de livros, a dir. Louis convidou Robyn para se sentar em uma das duas cadeiras que estava à frente de sua escrivaninha; ela se sentou em sua cadeira.
— O que você deseja? — questionou a dir. Louis calmamente, com uma voz fina e aguda.
— Saber de tudo! — exclamou Robyn muito ansiosa e nervosa ao mesmo tempo.
— Está bem. — disse a diretora, que ia explicar tudo o que Robyn queria saber. Ela deu um grande suspiro e começou a falar. — Como outras pessoas, você nasceu dotada de superpoderes. Seus poderes são: 1. Através do toque intencional você pode: absorver a força vital, os poderes e as memórias de uma pessoa em que tocar. Se você tocar uma pessoa por muito tempo você pode absorver toda a força vital dela e matá-la. Você pode tocar em uma pessoa sem usar os poderes. 2. Você pode assumir a forma física de qualquer pessoa, animal, objeto ou elemento da natureza, e ao assumir a forma de um elemento da natureza você pode controlá-lo. — a diretora bebeu um pouco de água do copo que estava em sua mesa, suspirou mais uma vez e voltou a falar. —  Eu acho que você quer saber por que aquelas pessoas invadiram sua festa de aniversários, mas isto você ainda não está para saber.
— E meus amigos e minha família? — interrompeu-a Robyn. — O que aconteceu com eles?
— A única coisa que sabemos é que sua mãe está morta...
Robyn não aguentou receber aquela notícia e começou a chorar, a dir. Louis saiu de sua cadeira e se sentou ao lado de Robyn, para consolá-la. Com isso ela se acalmou um pouco.
— Pegue. — disse a diretora entregando o uniforme completo da escola à Robyn. — Sobre seus livros, sua mãe já os deixou pagos para os seis anos de estudo. Como já são 08h00min da manhã, você terá o dia de folga para conhecer toda a escola e fazer novas amizades. — completou a diretora, mas ainda havia muito para ser dito. — A nossa escola é dividida em dois clãs: 1. FÊNIX e 2. UNICÓRNIO. Você é do FÊNIX. Toda sexta-feira temos lutas: um integrante de cada clã duela na arena, para que vença o melhor. No outro prédio é onde fica o UNICÓRNIO. Recomendo a você que treine suas habilidades com a professora de Ataque & Defesa: Mysti Chambers. Ah, quase me esquecia de dizer a você que nosso ano letivo dura de agosto a maio. Você está dispensada.
Robyn se levantou, despediu-se da dir. Louis, foi para o elevador e apertou o botão “DORMITÓRIO FEMININO (DF)” e o elevador começou a descer.
No DF havia seis portas: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º ano; ela entrou no quarto do 1º ano.
Havia várias camas forradas de rosa e travesseiros brancos, ao lado delas havia uma pequena mesa com um despertador e um telefone em cima. Acima de cada cama ficava uma placa de metal com o nome da aluna, Robyn viu seu nome na 17ª cama da direita para esquerda. Ela deixou seu uniforme em cima da sua cama e dirigiu-se a um dos três banheiros do fundo do quarto para tomar uma ducha, ao sair do banheiro ela vestiu seu baby-doll rosa com desenhos de flores e foi se deitar.   

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