Contos Embaralhados

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

♠ A Excursão - Capítulo 13 (Faça-me Querer a Morte) {FINAL}


Félix continuava estático, na sala, de frente para Sara, com a sua faca na mão. Ela, apavorada, tentava entender toda a situação. Sabia que sua hora um dia poderia chegar. “Mas Félix? Como foi capaz de fazer todas essas coisas?”
_ O que você fez com os outros?
_ O mesmo que vou fazer com você: nada! – respondeu, com um sorriso desconcertante.
_ Pare de ser cínico, garoto! – gritou Sara, aproximando-se dele, perdendo o medo – Depois de tudo que passamos...
_ E eu te agradeço por tudo, amor – Félix falava, dando voltas em Sara – Já te disse que fica muito sexy quando está brava?
_ Chega! Seu pervertido! – ela deu uma tapa na cara do garoto.
Félix passou a mão em seu rosto dolorido. “Sara realmente não entende o que eu quero”, pensou. Sua expressão era sarcástica.
_ Calma, gata – agora era ele quem se aproximava. Estava a poucos palmos do rosto de Sara – Quero um favor seu – começou a tocar seus cabelos – Vale sua vida.
_ O que quer que eu faça? – perguntou, parada de frente para Félix. Por incrível que pareça, ela não se afastou, como se algo em nele ainda a atraísse.
_ Quero que... – Félix a beijou e começou a falar entre os beijos –... Você vá... – ele foi empurrando-a até a parede –... Embora!
_ O quê? – Sara caiu em si – Como assim?
_ Preciso de platéia – riu, enfiando a faca na mesa, fazendo com que Sara pulasse de susto – Fuja e chame socorro, Raymond ainda pode estar vivo.
Ela estava confusa, era capaz de sentir todos os sentimentos – o medo de ser morta, o desejo de achar os outros, e a atração por Félix. E agora ficava com mais uma dúvida: “Félix era realmente o assassino?” E era isso que ele queria – gerar dúvida.
_ Por que está fazendo isso? E como vou fugir?
_ Digamos que eu aprecio sua vida. Pegue uma canoa, que está perto da lagoa leste.
_ Mas...
_ Vá! – gritou Félix, já perdendo a paciência – Antes que eu te mate!
Sara saiu da casa correndo, sem saber o que pensar. Se realmente fugia ou tentava trapacear, procurando Ray e Abby. Pensando que Félix não perceberia, decidiu seguir o caminho do galpão de alimentos. Foi andando a passos rápidos, como de que ele pudesse estar atrás dela.
Enfim chegou ao local do galpão e ficou parada na porta, receosa de entrar. O lugar parecia um típico galpão de filme de terror – paredes encardidas, janelas quebradas e um silêncio irritante. Porém a sua curiosidade a desafiava novamente. Logo ela entrou, empurrando a porta antiga. Agora em passos lerdos adentrava o galpão, que estava frio, escuro e muito sujo. “Agora sinto o que Henry sentiu”. Continuou andando, em certos momentos sentindo calafrios. Ao chegar ao centro, surpreendeu-se com uma luz, que clareava uma espécie de altar.
“Que droga é essa?” Sara foi aproximando e notou algo. Havia uma garota deitada no altar improvisado, com um vestido branco e longo. Era Abby, inconsciente.  Pensou em chegar mais perto, mas foi mais uma vez surpreendida:
_ Vejo que não dá valor à vida, não é... Sara? – falou uma voz, que não era a de Félix.
_ Sei que não é o Félix! – gritou Sara, gelada – Apareça!
A silhueta foi revelando-se pouco a pouco.
_ Quem é você?
_ Olá, meu nome é Oliver – respondeu, rindo – Que pena que você não me conhecerá por muito tempo.
Ele partiu correndo para pegar Sara que não teve como escapar. Oliver a segurou pelos cabelos, jogando-a no chão.
_ Tudo aqui está tão previsível – disse, enquanto pegava uma faca, que estava pendurada em sua cintura.
Porém Oliver foi impedido, no momento em que Félix chegou.
_ Espere, Oliver! – gritou de longe – Tenho algo melhor para ela.
_ Pode deixar, comandante – parou Oliver, rindo.
Félix foi em direção a uma estante, que ficava no canto do galpão e pegou um garrafão de plástico.
_ O que você vai fazer comigo? – gritava Sara, impaciente e com muito medo – Seu falso, idiota, besta...
_ Vamos poupar com os elogios – interrompeu Félix, mostrando-se paciente, chegando onde Sara estava amarrada – Oliver, leve-a para fora antes que acorde a Abby.
Oliver a puxou pelos cabelos novamente, jogando-a do lado de fora de galpão.
_ Me soltem! – Sara caiu no chão, machucando-se.
O garrafão estava cheio de álcool e Félix tinha um plano de pegar fogo.
_ Nos deixe a sós Oliver – avisou Félix e depois disse algo em seu ouvido.
_ Félix, por favor, pare! – suplicou Sara, enquanto ele derramava o álcool em seu corpo.
_ É uma pena que tenha que acabar assim.
O garoto puxou um fósforo de seu bolso, acendeu e jogou-o sobre a garota. Ela gritava, enquanto sua pele virava material para a combustão. Félix olhava-a nos olhos, admirando o show de horror que se criara diante dele. Os gritos ficaram insuportáveis e Félix para acabar com o barulho jogou o garrafão inteiro.
_ Sempre achei que você tinha um fogo – disse, rindo enquanto a garota queimava em segundos.
Terminado o “serviço”, Félix dirigiu-se ao “altar” em que Abby adormecia com o seu vestido branco e longo que contornava seu corpo.
_ Abby, acorde – sussurrou ele ao lado dela – Você está bem?
_ Félix – murmurou Abby enquanto tentava se levantar, ainda tonta – Você está vivo.
_ Nós estamos! – começou a passar a mão em seu cabelo – Vamos embora.
Abby achara tudo muito estranho. Por que ela estava ali? Com aquele vestido? E cadê o resto do pessoal?
_ Onde está o Ray?
Félix sentiu a raiva invadir o seu corpo. Pensou em acabar com sua própria vida. E a dela também. Como pode lembrar-se daquele miserável? Como pôde deixá-lo assim? Mas era melhor não. O momento era perfeito para confessar:
_ Eu te amo, Abby. De verdade, tudo o que fiz foi por você.
Abby levantou-se assustada.
_ O que você fez realmente?
_ Nos deixei a sós – riu ele, inocentemente – Lembra daquela vez que você me disse que “Só deveriam existir pessoas como nós”?
Ela lembrou-se do fato: no 1º ano, quando havia brigado com Raymond pela primeira vez. Ela estava acabada emocionalmente e Félix foi o único a ampará-la. Mas com certeza não fora nesse sentido que Abby queria dizer. Ela levantou-se chorando, tentando fugir, mas Oliver, que estava na porta, segurou-a.
_ Calma Abby, você está a salvo – falou Oliver, baixinho.
_ Foi você! – gritou ela ao olhar para o rosto sério de Oliver – Seu assassino! Por que matou o Ray?
_ Ele que procurou – explicou, enquanto ainda segurava Abby nos braços – Sabe o quanto aqueles atletas infernizaram meu relacionamento com a Kelly?
A garota espantara-se com tamanha frieza. Ela afastou-se de Oliver, recuando. O mau cheiro penetrava nas suas narinas.
_ Eu quero saber a verdade.
Félix e Oliver explicaram tudo para Abby. Contaram que o assassinato de Robert não tivera nada a ver com o que Félix planejara. Foi uma questão pessoal de Oliver, que queria vingar-se pelo seu namoro.
_ Tudo simetricamente planejado – disse Felix, que se localizava atrás dela – Jovens são tão impulsivos. O esquartejamento foi idéia minha, caso queira me dar crédito – riu ele, cinicamente – Todos tão bêbados no ônibus que foi moleza executar o plano. E enquanto vocês pensavam que estavam vivendo os “Jogos Mortais”...
_ Nós agíamos de modo imperceptível – completou o verdadeiro amigo de Félix – Max, Henry, Kate e todos os outros foram somente efeitos colaterais.
Diante de todo aquele quadro Abby realmente desejou morrer. Nunca havia visto tanta frieza em sua vida.
_ Vocês são doentes! – ela correu tentando procurar saída. Fugiu pelos fundos do galpão.
_ Abby!
Félix seguiu-a. Não podia deixar seu grande amor fugir assim. Ela corria floresta adentro, ultrapassando arbustos e árvores. Chegou à corredeira 130, ficando sem saída.
_ Abby, pare! Não pule, por favor!
Abby abriu os braços, ameaçando pular. Félix entrou em pânico, tentando impedi-la. O clima era de tensão total. Félix suava frio, apavorado. Todo seu trabalho podia ser jogado fora com um simples passo.
_ Adeus, Félix.
Ela saltou, e ele não podia suportar essa dor. O garoto saltou logo em seguida, em busca do amor imortal. Seus corpos caíram, juntamente com o de Raymond. Podiam estar vivos ou mortos. E Oliver ficara vagando pela floresta, totalmente sozinho.



Oito jovens e um adulto supostamente mortos principalmente pela explosão de sentimentos: amor, frustração e ódio. Gerados por uma paixão não correspondida e uma traição.



Fim.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

♠ A Excursão - Capítulo 12 (Sobreviventes)


Trevor estava melhor do que nunca. Conseguira deixar os garotos apavorados. Agora criara um tal de “Jogo”, e por meio de uma gravação ditava as regras:
_ Se não for muito incômodo, gostaria que só dois de vocês fossem.
Abby e Raymond ofereceram-se para ir.
_ Teoricamente, o jogo é fácil – Trevor riu desdenhosamente – Os escolhidos terão que se dirigir até o galpão de alimentos. Mas antes passem pela corredeira 130 – os garotos ficaram confusos – Deixei “algo” para se divertirem – Trevor soltou uma medonha gargalhada, fazendo-os sentirem calafrios.
A gravação havia terminado e o casal preparava-se para sair da casa, quando Sara os advertiu:
_ Gente, cuidado – disse emocionada – Aquele louco colocou alguma armadilha. Eu preciso ir com vocês.
_ Melhor não, amiga – Abby também se emocionou – Vamos achar o Félix pra você, está bem? – elas se abraçaram fortemente e enfim choraram. Podia ser a última vez que elas se veriam.
_ Garotas, sem querer ser chato, mas temos que ir – Ray estava sério
Enfim eles saíram. Sara rondava pela casa, preocupada. Começava a achar péssima a idéia de ficar sozinha. “Devia ter ido com eles”, pensava a todo momento. O silêncio era insuportável. Decidiu então deitar no sofá, tentando dormir. Impossível, pois ficava o tempo todo imaginando que Félix atravessaria aquela porta, são e salvo.
Abby e Raymond seguiam mata adentro, em direção à corredeira 130. Ambos estavam aflitos, toda aquela situação acabara com eles. Abby permanecia séria, nem se lembrava a última vez que dera uma risada. Ray também sério, mas o silêncio deles era perturbador. Conseguiam distinguir o barulho das poucas espécies da floresta. Ele acabou com o silêncio.
_ O que acha que tem lá?
_ Vai saber! Do jeito que aquele cara é doido!
Chegavam perto. Já conseguiam escutar o barulho forte da água que descia pela cachoeira. O que quer que o assassino tenha preparado, não era nada bom.
_ Olha esta corda amarrada no tronco desta árvore – notou Abby.
_ Vamos segui-la
_ Mas ela vai em direção à cachoeira!
_ Temos que correr o risco – disse, já seguindo a corda. Raymond foi andando, quando notou que na extremidade da corda, que passava pelas pedras, carregava algo estranho. Aproximou-se para ver melhor, os pingos de água molhavam o seu rosto.
_ Abby, é um corpo! – eles correram para socorrê-lo. Juntos puxaram-no e jogaram-no na terra firme. Era um garoto, que aparentava ter uns 16,17 anos. Por sorte ele ainda tinha pulso.
_ Ele está vivo! - notou Ray, fazendo massagem cardíaca.
_ Reconheço este cara de algum lugar – Abby estava tensa, mas conseguiu lembra o nome – É o Oliver, do Rockstar, o namorado daquela líder de torcida, a Kelly!
Oliver retomou a consciência. Mas Ray ficou inseguro, pois ele era o amigo do atleta que tinha transado com a namorada dele. Isso fazia do Rockstar um possível suspeito do assassinato de Robert.
_ Abby, ele pode ter matado o Robert – cochichou Ray, enquanto Oliver acordava.
_ Espera o garoto se levantar.
_ Ai! – gemeu Oliver, meio atordoado – Me ajudem a levantar, por favor?
Abby o ajudou a levantar. Ele era um garoto de pele clara, cabelos lisos, magro. Porém estava muito sujo.
_ Obrigado por me salvar – disse seriamente – Sabia que iam fazer isso. – O casal estranhou o comportamento do sobrevivente – Espero que tenham curtido bastante a festa no ônibus, principalmente o Ray – provocou, empurrando Raymond em direção à cachoeira.
_ Não! – gritou Abby, quando ele virou-se para ela, com um olhar macabro e aproximou-se dela – Afaste-se daqui!
Oliver correu atrás de Abby, que tentava sobreviver. Mas ele era mais rápido e pulou sobre ela.
_ Prometo que não vou te machucar – e injetou um tranquilizante em seu pescoço, fazendo com que ela adormecesse – Segunda fase: o galpão.
A chance de Ray sobreviver era quase zero. E Abby inconsciente. A excursão estava perto do fim.


Sara já tinha acordado há um tempo e sentado no sofá. “Por que estão demorando tanto?”, pensava ela, quando escuta uma batida vinda da porta. Não sabia o que fazer: podia ser seus amigos com o Félix, sem ele ou o assassino. Ela pegou um jarro no centro e foi andando cautelosamente até a porta. Pensou em não abrir, mas sua curiosidade era muito grande.
_ Félix! – Sara chorou, abraçando-o fortemente – Que bom que não foi o seu dedo que Trevor cortou!
Ele começou a beijá-la, entrando na casa e trancando a porta.
_ Você sabe que te amo, não sabe? – era tudo o que Sara precisava ouvir naquele momento. Ela se sentiu nas alturas. O jovem que ela amava dizendo o mesmo: o amor era correspondido. Félix foi empurrando-a para o interior da casa. Até agora Sara não pensava em nada, só na volta do seu amado. Porém, após muitos beijos, percebeu que algo faltara.
_ Cadê os outros? – Félix não respondeu e continuou com os beijos – Cadê os outros? – insistiu Sara, mas ele não respondeu. Estranho, ele não agia assim – Félix! Onde estão os outros? – gritou Sara, pondo as mãos no peito dele, afastando-o.
Félix parou e ficou olhando para ela, sem expressão. Os dois no meio da sala, frente a frente.
_ Me responda, Félix, por favor – Sara voltou a ficar assustada. – O que aconteceu com você?
_ Eu só queria me despedir – disse, enfiando a mão no bolso de sua calça, preparando para tirar algo – Você não quer? – ele começou a rir, sarcasticamente.
_ Se despedir de quem?
_ De você mesmo, gata – Félix puxou uma faca do bolso.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

♠ A Excursão - Capítulo 11 (O Jogo)


A situação inverteu-se: Sara, que sempre mostrou-se forte e indiferente, desbaou – literalmente. E Abby, a garota “frágil”, cuidava da amiga, que sofria pela possível perda do seu amante. Não tinha coragem para abrir o forno.
_ Sara, quer que eu faça?
_ Não – Sara chorava, quase sem conseguir falar – Espera um pouco.
_ Mas Sara... – suplicava amiga, quando foi interrompida.
_ Chega! Chega! Chega! – Sara levantou-se, empurrando Abby contra a parede – Eu gostava dele, ta bom? – vendo sua melhor, estática, olhando pra ela, caiu em si – Desculpa, é que isso tudo está acabando comigo.
_ Eu entendo, amiga – Abby aproximou-se dele e juntas se abraçaram – Descanse um pouco, ok? Vou falar com o Ray.
O atleta continuava parado, em frente à porta, olhando para o nada. Isso deixava as garotas intrigadas.
_ Ray – disse Abby, colocando a mão em seu ombro – Fala comigo, por favor – ele permanecia mudo – Olhe pra mim – ele a encarou, com a expressão cansada.
_ Abby... – Ray movia os lábios lentamente – Abra o forno.
_ Mas ela não quer – disse Abby, apontando com os olhos para Sara e ficando frente a frente com Raymond.
_ Apenas vá. Eu vou com você.
Eles seguiram pelo corredor, em direção à cozinha. Raymond permanecia em estado de choque, como um zumbi. Pararam em frente ao forno, esperando para abrir.
_ Ray, não é a coisa certa a se fazer.
_ Confie em mim – disse, olhando nos olhos dela.
Então eles decidiram acabar com a dúvida: Ray puxou logo a porta do fogão, tendo uma surpresa não tão agradável. Havia uma caixa de madeira, no fundo.
_ Que diabo é isso? – perguntou Abby, pega de surpresa – Passa pra mim.
Abby, que estava muito curiosa, abriu. Apavorada, derrubou a caixa no chão. Ela continha um outro CD e um dedo indicado. A garota soltou um grito.
_ Abby, o que foi? – Sara levantou do sofá, também apavorada.
Ray pegou a caixa do chão, tremendo, e mostrou para Sara. Ela sem muita confiança afirmou: “Félix está morto”.
_ Há uma possibilidade dele estar vivo, amiga – consolou Abby – Ray, coloca logo essa merda desse CD.
O CD possuía uma gravação, com aquela mesma voz.
_ Olá garotos. Dispostos a descobrir se o seu amigo está vivo? Pois bem – ele riu – Vamos jogar.
Sara começou a chorar de novo, desperada.
_ Força, Sara – disse Ray, consolando-a, parecendo voltar ao normal – Passaremos por isso, juntos.

Uma obra de: Oliver Escobar

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

SEMANA: "A EXCURSÃO"

Excepcionalmente esta semana a partir de amanhã (28/12/10) será postado os capítulos: 11, 12 e 13. Nos dias: Terça, Quarta e Quinta, respectivamente. A causa deste acontecimento foi o término dos contos dos outros escritores. Na Sexta-Feira postaremos as sinopses dos novos contos que irão representar a Segunda Temporada do Contos Embaralhados. 






Atenciosamente


A Equipe do Blog

♥ O Filho do Diabo - Capítulo 9 (As Brigas) e Capítulo 10 (Campo de Batalha) [FINAL]

9. (As Brigas)


Um dia Drika e Ricardo decidiram fazer um jantar, como convidado e sogro Lúcifer, mais ele foi horrível, principalmente com Drika, pois ele não gosto desse namoro de seu filho e uma demoniza. Ricardo começou brigar com seu pai mais felizmente só foi com palavras, e isso foi para defender sua namorada, e então ele falou com raiva:
_ Por que não vai atentar outro. Seu idiota!
_ Olhe como fala, se não... – ele é interrompido por Ricardo que fala:
_ Se não o que, vai tentar me bater ou me matar, eu ainda te digo para não tentar, porque seria muito difícil, entendeu seu...
_ Seu o que criança, vai ter coragem de me enfrentar, você não sabe nada sobre mim. – falou Lúcifer.
_ Em primeiro lugar abaixe o tom comigo entendeu, em segundo eu te conheço e até demais e em terceiro não duvide nunca da minha coragem. – falou Ricardo abaixando a autoestima de Lúcifer.
_ Gostei de ver. Mas essas suas palavras nunca vão me assustar. Criança! – disse Lúcifer.
_ Eu não sou criança, e você deveria saber disso. Não é pai! – falou Ricardo grosseiramente.
_ Se acalma Ricardão, seu inútil. – disse Lúcifer.
_ Inútil é você, seu palhaço. Sabe de uma coisa? – Ricardo perguntou.
_ Que coisa? – Lúcifer respondeu questionando.
_ Quer saber mesmo, eu vou ser mal educado com o que eu vou falar agora.
_ Ai, fala logo. – disse Lúcifer apreçando Ricardo.
_ O que eu vou falar é para a pessoa que se diz ser meu pai. E é me respeite, vai pra merda. Da próxima vez a gente vai brigar feio. – falou Ricardo.
_ Por que não agora? – questionou Lúcifer.
_ Porque eu não quero desrespeitar a presença da minha namorada Drika. - disse Ricardo sendo mais educado que o pai.
_ Você vai agora, Ricardo? – perguntou Drika.
_ Vou, eu só vou pegar meu casaco. – falou Ricardo com seu casaco já pego e colocado no seu corpo e então ele falou novamente com Lúcifer:
_ Quis provocar, agora fique sozinho seu palhaço vadio. Tchau papai!
E então Ricardo foi para casa dele e de Drika, só que as brigas apenas começaram e já estavam até demais.
Depois de um tempo, Ricardo voltou a falar com o seu pai, mas não duraram muitos dias, pois Lúcifer aprontou novamente, de um modo inesquecível, xingando totalmente a namorada de Ricardo. Após um mês, Drika e Ricardo decidiram fazer amor, e a vida deles começaram a mudar, como por exemplo: Ricardo pediu Drika em casamento, e era óbvio que a garota apaixonada aceitaria. No seu casamento deu tudo certo, pois a festa foi grande e muito bem ajeitada. Nesse mesmo dia eles decidiram passar a lua de mel em Las Vegas, quando chegaram era de tarde, só que do outro dia, eles descansaram e tarde da noite acordaram para terem sua noite de amor. Depois de uma semana eles voltaram para o inferno, mas na casa de Drika havia uma pessoa a espera dos dois, que era nada mais nada menos que Lúcifer. Ele fez uma pergunta a Ricardo e a resposta seria decisiva:




10. (Campo de Batalha)



_ Eu quero que você me ajude a destruir o mundo. Topa?
_ Eu vou pensar. – falou Ricardo.
_ Porra de pensar, me dê a merda da resposta! E tem que ser agora! – disse Lúcifer.
_ Sim. – respondeu Ricardo.
_ Sim o quê? – questionou Lúcifer.
_ Para sua pergunta é “sim”. – respondeu Ricardo.
No dia seguinte começaram a destruição, até que um país foi totalmente destruído, chamando a atenção dos anjos, com isso eles desceram do céu, em grande quantidade, só que não era o suficiente para derrotar os demônios que subiram junto com Lúcifer. E eles continuaram a destruir o mundo. Mas para o seu azar apareceram os seus piores inimigos: o arcanjo Miguel, Castiel e Connyck.
E o mundo tornou-se um campo de batalha. Começou com Ricardo e Castiel. Ricardo usou uma bola de fogo enorme para atingir o anjo, causando muitas feridas, só que Castiel ainda era forte e tinha muitos poderes. Então ele usou o poder de ressuscitar para trazer Uriel à vida. Só que foi muito fácil para Ricardo acabar com esse pedaço de osso. Então Ricardo falou:
_ Você não tem melhores poderes? Tem que trazer um pedaço de osso pra lutar comigo?
_ Não importa se é osso ou não, importa se ele tiver força e inteligência para lutar em honra ao nosso senhor.
Porém Lúcifer, os ouvindo conversarem, provocou Ricardo, fazendo-o com que a sua fúria despertasse, descontando em Castiel. E então seu segundo golpe foi um círculo de fogo que o prendia no inferno, e não o deixaria sair por nada.
Enquanto isso, Lúcifer e Miguel continuavam a luta. Lúcifer usou um golpe chamado portal da morte, que era muito forte, e faria com que o arcanjo perdesse força e poder. Mas acabou ocorrendo uma reviravolta: Miguel matou Connyck para fazer um selo que acabaria com todos os demônios que estavam na Terra, junto com Ricardo e Lúcifer. Apenas Drika e os demônios que ajudaram Ricardo e estavam no inferno ficaram ilesos. E para a sorte de Ricardo, Drika estava grávida. Então sua alma entraria no corpo do filho. A segunda chance de sua vida.


Continua...