Contos Embaralhados

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

♣ A Vizinha - Capítulo 5 (O Primeiro Beijo)


Na cafeteria do hospital o Dr. Gregory esperava ansiosamente por Aline, até que ele a vê. Seu coração disparou o sentimento de culpa talvez, porque era casado e tinha tantas intenções com esta mulher.
_ Boa noite, doutor! – disse Aline, beijando-o na bochecha de modo galanteador.
_ Boa noite – respondeu o doutor ao cumprimento, levantando da cadeira – Então, o que você tem?
_ Nada, apenas saudades sua. – respondeu de um jeito ingênuo.
_ Você é casada ou tem algum compromisso?
_ Não, sou livre e solta – sussurrou ela no ouvido de Gregory, passando sua a mão no peito do doutor.
_ Sou casado – ele pulou para trás num salto de pânico.
_ Eu não quero nada a mais com você – disse Aline, jogando-se contra Gregory – a não ser uma boa amizade.
_ Vamos com calma – ele propôs.
_ Tá – ela falou meio rude e se afastou do corpo dele.
_ Vamos nos conhecer.
_ Já te conheço.
_ Eu nem sei onde você mora.
_ Mas se quiser vai saber exatamente onde é o meu quarto – ela deu uma risada meio envergonhada.
Ele sabe do amor que sente pela sua esposa, mas não resiste a uma bela mulher.
_ Talvez outro dia – ele afirmou – Mas tenho que ir agora, minha mulher me espera.
Aline o agarrou pelo braço e o beijou, como se não fosse ver mais ele. Quando eles pararam de se beijar, Gregory sentiu como se não houvesse chão sob seus pés. Sentiu muito prazer, mas também sentiu um grande sentimento de culpa.
Chegando a casa ele nem cumprimentou seus sogros e foi direto para o quarto.
_ O que aconteceu? – perguntou Sandra, brava com a atitude do marido.
_ Você sabe que não gosto da sua mãe – respondeu Gregory, asperamente – E também estou cansado.
_ Você poderia pelo menos disfarçar, caramba! – gritou ela, aumentando seu tom de voz.
_ Não grite comigo, eu sei que fui grosso, mas deixe-me em paz. Amanhã conversamos.
Sandra saiu do quarto, batendo a porta com toda sua força.
_ O que aconteceu? – perguntou sua mãe.
_ Nada, apenas um mal entendido. – respondeu Sandra, tentando esconder o ocorrido.
_ Não se preocupe, o casamento é assim mesmo. Mas eu te falei para não casar com este homem, mas você foi teimosa.
_ Mãe! – falou a filha, começando a se aborrecer.
_ Mas é verdade! Esse homem não presta! Já falei umas mil vezes pra você.
_ Vou sair daqui pra não brigar com a senhora.
_ Vai, mas depois que estiver cheio de chifres não chore.
_ Cala a boca! – gritou Sandra – Já não agüento mais você falar que meu marido não presta! Chega.
_ Não grite comigo, mocinha! – Dora deu um tapa em sua filha -  Eu ainda sou a sua mãe!
_ Não agüento mais – Sandra subiu para o quarto.
_ O que foi? – perguntou Gregory
_ Minha mãe me bateu.
_ O que? – falou Gregory, impressionado – Eu não acredito.
_ Não agüento mais ela se metendo em nossa vida
_ Não liga, em breve ela vai embora mesmo.
_ Tá bom! – Sandra falou mais alegre, deitando-se com seu marido.
No café, não se ouvia uma palavra sobre a mesa, todos comeram e saíram. André foi para a faculdade de medicina, Felipe e Sandra foram para a escola, Gregory para o hospital e Sandra para a casa da amiga, sua vizinha.
_ Oi amiga! Que milagre você em minha casa. – Aline falou impressionada por ver sua amiga.
_ Oi amiga, tive que sair um pouco de casa, o clima lá está tenso.
_ Pode ficar aqui quanto tempo quiser.  

Uma obra de: Nick Packs

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