"Diante deste dia não muito celebrado aqui no Brasil, fizemos um conto em homenagem a este grande e inspirador "Dia das Bruxas". Ou pensavam que íamos deixar passar em branco? Detalhe: Nós mesmos, com excessão de Negrita Lopez (que não quis participar por motivos pessoais), somos os personagens principais desta história."
Catharina Nunes |
Oliver Escobar |
Harry Jackson |
Nick Packs |
(Os autores)
“Salvos” pela morte
Obs. dos autores: “O que se segue é uma história fictícia e não descreve pessoas ou fatos reais.”
Noite de Halloween, 31 de outubro de 2010. Quatro felizes jovens divertiam-se na mais comum e tradicional brincadeira do feriado: Doces ou Travessuras. Catharina Nunes, Harry Jackson, Oliver Escobar e Nick Packs.
No colégio os quatro jovens discutiam, na véspera do feriado, o que fariam na “grande noite”:
_ E então pessoal, o que faremos amanhã? – disse Oliver, puxando papo. Era um garoto de 16 anos, alto e com os cabelos pretos. Assim como os outros, trajava o uniforme do colégio.
_ Pensei em brincar de Doces ou Travessuras – respondeu Catharina, uma linda jovem de 12 anos, morena e de estatura mediana – É meio “EUA”, mas nunca fizemos por aqui. Seria legal.
_ Gostei da idéia! – apoiou Nick, sempre entusiasmado. O garoto mais animado do grupo, um pouco gordo e de pele parda. Tinha 15 anos – Vamos comprar as fantasias quando terminar a aula!
_ Fechado! – falou Harry, encerrando a conversa.
Terminado as aulas, o quarteto dirigiu-se até a Loja de Fantasias da cidade, a fim de se caracterizarem para a noite seguinte. Era um grande galpão onde havia um homem velho com uma grande barba, e estava contando o dinheiro da caixa registradora.
_ Boa noite! – cumprimentou Harry – Gostaríamos de ver as fantasias disponíveis para o Dia das Bruxas.
_ Ah sim – disse o vendedor, meio distraído – Pensei que nunca ia vender uma coisa desse tipo. Esperem que eu já vou pegar.
E os garotos ficaram de pé, esperando as fantasias. Eram umas 8 da noite e já passavam da hora deles estarem em casa.
_ Temos que ir pra casa! – sussurrou Catharina, apressada – Minha mãe já me mandou uma mensagem – estava verificando seu celular
Oliver checou seu celular, e realmente estava tarde.
_ Calma Cath! Já estamos indo.
Depois de aproximadamente uns 10 minutos o vendedor trouxe um saco com várias fantasias.
_ Tenho algumas aqui. – disse, jogando tudo no balcão – Divirtam-se!
Os jovens começaram a vasculhar o saco, checando fantasia por fantasia. Catharina ficou com a noiva cadáver, um vestido branco encardido e rasgado.
_ Em casa passarei uma maquiagem branca no rosto – comentou ela separando seu vestido e o véu, pagando ao velho – Vai ficar massa!
Oliver separou uma de ceifeiro, com direito a uma foice de verdade e uma máscara de caveira. Também pegou um baralho só para distrair.
_ Cuidado com isso, hein garoto! – alertou o dono do estabelecimento, quando Oliver separou a sua foice – Não vou me responsabilizar por nada!
_ Fique tranqüilo, chapa!
Harry escolheu a fantasia de bruxo, formada por uma capa, chapéu e varinha.
_ Vai ficar supimpa! – exclamou o garoto, todo besta.
E por fim Nick escolheu uma toda preta, com uma estampa de esqueleto e uma cabeça de abóbora.
_ Gostei dessa.
Terminado de escolher, todos pagaram suas fantasias e ainda receberam sacos customizados, por conta da casa, para a brincadeira ficar completa. Saíram da loja às 21h30min e cada um destinaram-se às suas casas. Oliver encarregou-se de marcar o horário.
_ Até amanhã às 22h20min. Sem falta!
Chegado o momento, todos se encontraram na Elm Street, todos arrumados e prontos. Eles passaram animadamente em várias casas. Na quarta casa eles foram atendidos por um casal de senhores, e havia algo de estranho neles, usavam máscaras que tapavam o rosto inteiro, que os cumprimentaram simpaticamente.
_ Entrem – convidou o senhor.
Dentro da casa, a senhora começou a distribuir os doces nos sacos dos garotos. De repente faltou energia, como era Dia das Bruxas todos ficaram apavorados. Eles começaram a sentir alguém os pegando e amarrando em cadeiras. Quando a luz voltou, eles se depararam com uma cena horripilante: Catharina caída no chão com a garganta cortada. Havia tanto sangue, que era como se o chão estivesse com um tapete de vermelho. E o senhor estava com uma faca bem afiada em suas mãos. Todos os três estavam amarrados em cadeiras, eles estavam gritando apavoradamente.
_ Ninguém irá vir salvar vocês, pois grito é uma das coisas mais comuns no Halloween – falou a senhora que estava vindo da cozinha trazendo alguns equipamentos meio que... Macabros.
Com um aparelho que parecia um alicate, ela começou a tirar as unhas de Nick, que gritava muito.
_ Por que vocês fazem isso? – perguntou Harry gritando.
_ Sempre odiamos o Halloween, desde crianças eu morava na mesma rua que ela – disse o senhor se referindo a sua mulher – Ah, não me apresentei, eu sou o Gordon e ela é Laila. Voltando ao assunto, quando crianças, nós sofremos uma brincadeira muito sem graça no Halloween, que acabou queimando nosso rosto inteiro – falou Laila retirando a sua máscara e mostrando uma cicatriz horrível que todos os três se assustaram.
_ Por isso vocês vão descontar na gente? – perguntou Oliver com medo de dizer algo errado.
_ Nós descontaríamos em qualquer um, meu querido – disse Laila sinicamente meiga.
Agora Gordon estava se aproximando do olho de Harry com um aparelho que era usado para tirá-los, Harry tentava fugir o máximo possível que podia preso na cadeira, até que não conseguiu mais e teve os dois olhos tirados. Após o ato, começou a gritar desesperadamente, até que não agüentou mais.
Oliver era muito fraco e vomitou.
_ Harry! – gritou Oliver e Nick simultaneamente
_ Vocês são tão patéticos! – gritou Gordon, com uma risada estrondosa – Vamos levar esses corpos pra cozinha, amor
Laila segurou pelo cabelo de Catharina, enquanto Gordon recolhia os restos mortais de Harry.
_ Teremos um delicioso banquete! – exclamou o marido, estranhamente animado.
Na retirada do macabro casal, os amigos restantes pensavam em uma forma de sair daquele horrível lugar. A sala estava completamente suja de sangue e fedia a cadáveres, pareciam que já tinham matado muita gente.
_ Oliver! – sussurrou Nick, chamando a atenção do amigo, que já estava quase dormindo – Oliver!
Diante da sala deserta, Oliver não sabia o que fazer.
_ O que é? – o garoto cochichou alto – Desista!
_ Oliver, to estranhando você – Nick estava com uma expressão séria – Mas tudo bem – ele apontou para foice caída no chão – Eu tenho uma idéia.
Nick contou toda a sua sugestão de fuga para Oliver: tentar pegar a foice, cortar as cordas e correr o mais rápido possível para chamar a polícia. Uma idéia aparentemente fácil, se não fossem suas mãos completamente amarradas.
_ Tenta pegar com o pé, Nick!
E então Nick com muito esforço agarrou a foice com os pés, passou para as mãos de Oliver, que cortou as cordas que prendiam Nick, junto com o braço dele.
_ Ai! – gritou Nick, olhando o profundo corte em seu braço
_ Desculpa cara! – falou Oliver, mostrando-se prestativo – Agora me solta!
O barulho dos dois despertou a atenção do casal Ween, que vieram correndo até a sala, mais os garotos não estavam mais lá.
_ Não se preocupe amor... – debochou Gordon, rindo – Ele não tem como fugir.
_ Olha só... – Laila começou a rir, escutando o barulho dos garotos tentando sair – Deixe que eu cuido dessa.
E Laila saiu em direção ao corredor que levava à porta dos fundos, porém só Nick estava tentando fugir.
_ Cadê o outro? – perguntou a assassina surpresa
Nick parou em frente à porta, encarando a senhora como uma faca de cozinha na mão. Ele não parecia assustado.
_ Sabe, sua velha – falou o garoto, com o ar de vitória – Nunca pensei que uma fantasia poderia cair tão bem em uma pessoa.
Laila ficava sem entender nada, fazendo uma expressão de pergunta.
_ O que você quer dizer com isso, garoto insolente!
Nick apontou com os olhos, para trás dela. Laila foi virando lentamente, quando deparou com uma cena incomum. Oliver estava parado na sua frente. Nada de mais, se não fosse a sua fantasia de ceifeiro, com a sua real foice, dando um ar extremamente realista.
_ Surpresa... – disse Oliver sombriamente
_ Mas que diabos... – ela foi interrompida com a foice cravada em sua garganta, soltando um grito estrondeante. O esguicho de sangue jorrou na parede, assustando Nick.
_ Que horror! – gritou Nick – Não sabia que você era capaz disso!
_ Você não sabe de nada – sussurrou Oliver, limpando sua foice com sua capa preta – Apague as luzes
_ O que?
_ Apague a droga das luzes – gritou Oliver, transtornado – Agora EU tenho um plano
Nick, mesmo sem entender nada apagou as luzes. Confiava no amigo. Apesar das luzes estarem apagadas, a casa não ficou totalmente escuro, devido a algumas velas em cabeças de abóboras que iluminava malmente o local. Oliver escondeu-se no banheiro, e Nick, meio desnorteado, corria de um lado para outro da sala.
_ Eu mato vocês, seus malditos – grunhiu Gordon, ao ver sua mulher ensangüentada - São piores do que pensei.
Gordon parou no corredor, só escutando os passos dos garotos, na verdade só de Nick. Em certo momento, o garoto passou perto de Gordon, dando até para sentir a ofegante respiração. Parou, encostando uma faca nas costas do inimigo.
_ Parece que sua hora chegou, velho!
Gordon, totalmente estático, riu estrondosa e macabramente.
_ Como você é burro! – ele saltou, numa rapidez sobrenatural e tentou esfaquear Nick, que desviou, cambaleando e caindo no chão, assustado.
_ Oliver, socorro! – implorou Nick, em apuros – Esse cara é um...
_ Ser sobrenatural, eu sei – falou Gordon, sarcasticamente, tampando a boca de Nick com suas mãos sujas – Graças a mim existe o Halloween, sabia?
Gordon estava com Nick preso no chão, tentando fugir inutilmente.
_ Espere aqui, garoto.
O velho saiu para a cozinha de novo, a fim de pegar alguns “objetos de tortura”. Nick gritava desesperadamente por socorro, sabendo um só uma pessoa podia ajudá-lo. Foi no exato momento que Oliver apareceu do nada e começou a desamarrar o amigo.
_ De onde você veio, cara? – perguntou o garoto assombrado, tanto pela aparição inesperada quanto pela fantasia realista de Oliver – Não me diga que você é...
_ Claro que não, idiota! – sussurrou Oliver alto – Só está escuro, por isso não me viu...
Depois de desamarrar o amigo, Gordon apareceu de supetão, com um espeto na mão. Os amigos assustaram-se, mais não podiam mais fugir. Foi quando se decidiram partir pra cima. Nick avançou, tentado esfaquear o assassino. Sem sucesso.
_ Não! – gritou Oliver, ao ver seu amigo esfaqueado na sua frente, tendo a garganta cortada, esguichando o sangue na sua máscara.
Diante dessa morte, Oliver revoltou-se, derrubando as velas no chão, gerando um incêndio.
_ Você não vai sair daqui vivo, garoto! – gritou Gordon, enfurecido – Tranquei todas as portas e janelas.
O fogo consumiu toda a casa, incluindo os corpos, sendo estacionado pela chegada de policias e bombeiros.
_ E foi assim que tudo aconteceu, detetive...
_ Quer que eu acredite nisso, garoto! – falou o detetive, incrédulo – Em seres sobrenaturais!
_ Mas... – insistiu Oliver, ainda fantasiado. Sua foice estava completamente suja de sangue, praticamente incriminando-o.
O detetive segurou o garoto pelo braço, arrastando-o até a viatura.
_ Ah ta! – disse, com um riso no rosto, desacreditando totalmente – Então você é a morte! – debochou o oficial
Oliver entrou na viatura. Já na delegacia, um oficial abriu a porta, a fim de puxar Oliver para interrogatório. Assustou-se, ao ver que o jovem não estava mais lá.
_ De-te-tive – chamou o oficial gaguejando – Venha ver isso!
Ao ver a cena o detetive não acreditou: o lugar estava completamente vazio, e na janela do carro havia escrita uma frase, em sangue: ATÉ O PRÓXIMO HALLOWEEN, MORTAL.
Escrito por: Oliver Escobar, Harry Jackson e Nick Packs